sábado, 22 de janeiro de 2011

O Futuro do Sucesso (VI)

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2010 superou 2009, para mim e 2011 tem expectativas de superar 2010 o que me deixa muito feliz. Tenho praticamente publicado o meu primeiro livro – Século XV – Lagos Henriquina e pós-Henriquina que tenho divulgado em vários portais. Este livro tem preço de venda – 12€ e uma edição de 550 exemplares e é a chiadoeditora@gmail.com que devem contactar. Conto convosco para que esgote num instante. Modéstia aparte sei que é um trabalho excelente e com bastante nova informação que vai muito para além da história de Lagos, sendo Lagos apenas o átomo da vida nacional e internacional que perpassa anos quatrocentos até à revolução industrial que estabelece um novo patamar na história universal, no século XIX.
Partindo de LAGOS é um novo patamar que se escreve na história universal – os Descobrimentos e o início da era do comércio internacional – que vão modificar o mundo, mas foi em LAGOS que tudo começou!
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From Chiado Editora site:
“Dear International Colleagues, Welcome to our Foreign Rights page. Feel free to browse our online catalogues by categories of your interest. You can access additional information for each of our publications by clicking on its title.If you are interested in considering any of our books for translation, please do not hesitate to send us any translation query to the e-mail: foreignrights.chiado@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar . We look forward to working with you.Kind regards,
Your Foreign Right Team”
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= AS MINHAS LEITURAS =
in livro “O Futuro do Sucesso (viver e trabalhar na nova economia)” de Robert B. REICH; 1ª edição portuguesa; vol.22; colecção Actualidades; Lisboa; editora Terramar; original – 2000 e edição portuguesa – 2004; pp.362.
(...)
(pp.225-254) A nova família, tal como ela é, existe no seio de um conjunto complexo de disposições logísticas de modo a que vários membros estejam onde têm de estar para corresponderem às novas exigências da economia. Os sociólogos até criaram um acrónimo – DINS (double income, no sex) para descrever os casais modernos, cheios de stress e demasiado cansados para fazer outra coisa qualquer na cama, excepto dormir. Enquanto tentam coordenar as suas pequenas parcelas de tempo juntos para obterem o máximo efeito, esses casais provocaram um pequeno aumento de vendas de kits destinados a prever os períodos de ovulação. Quando nasce um filho, um terço dos pais que trabalham, repartem hoje o trabalho e o tratamento dos filhos em turnos. Um trabalha durante o dia, enquanto o outro cumpre os seus deveres parentais e à noite invertem os papéis. Comunicam uns com os outros por bilhetes, fazendo a lista das pessoas que telefonaram na ausência do outro, o que aconteceu ao bebé durante o dia, o que é o jantar.
As casas estão vazias durante períodos muito mais longos. Os dois membros do casal andam de um lado para o outro ou, se trabalham nas redondezas, estão ausentes durante quase todo o dia. As crianças vão no carrinho para o infantário. Os pais idosos vivem sozinhos ou em lares. Poucas são as famílias cujos membros conseguem conciliar os seus afazeres de modo a jantarem juntos. Os pais que trabalham, chegam a casa muito depois de a barriga dos filhos começar a dar horas. A parcela de casais norte-americanos que jantam em conjunto diminuiu um terço nos últimos vinte anos, de 50% para 34%. Algumas famílias chegaram ao ponto de marcar um encontro semanal.
Entre os anos 70 e vinte e cinco anos mais tarde, a maior diferença que detectamos, é uma redução drástica na percentagem de casais com filhos: de 45% em 1972 para 26% em 1998, associada a um aumento da percentagem de pessoas não-casadas sem filhos, de 16% para 32%. Em suma, o lar-tipo mudou.
A nova economia recompensa características que são tão vulgares nas mulheres como nos homens: a criatividade e a empatia que, caracterizam respectivamente os visionários e os psicólogos.
Nas famílias em que há dois elementos assalariados, as mulheres ganharam terreno em relação aos maridos. Em 1980, menos de uma em cada cinco mulheres trabalhadoras casadas ganhava mais do que os maridos; em 2000, esse número corresponde a cerca de um terço. Actualmente, quase metade das mulheres licenciadas ganham mais do que os maridos. Entretanto, as mulheres começam a ter cada vez mais acesso a lugares de gestão e a profissões independentes. Elas ocupavam menos de 20% dos lugares de gestão e de profissões independentes, em 1970; mas mais de 36%, em 1999. Entre as que ocupavam altos cargos, a percentagem passou de 9,2%, em 1970, para mais de 25%, em 1998. Contudo, na economia emergente, os altos cargos exigem uma dedicação total. É tudo ou nada. Se tanto os homens como as mulheres que podem ganhar bons salários, quiserem ter filhos, as mulheres poderão fazer um acordo: os homens terão de assegurar pelo menos metade das tarefas familiares, nomeadamente o tratamento dos filhos. Por outro lado, se se verificar que os homens estão mais dispostos do que as mulheres a renunciar à paternidade; as mulheres continuarão a ser confrontadas com uma falta de maridos e de parceiros dispostos a executar pelo menos metade das tarefas ligadas à criação dos filhos. As mulheres não podem tudo. Nem os homens.
O modo como o trabalho é organizado e remunerado incentiva a atenção pessoal. Esta é uma parcela cada vez maior do PNB (Produto Nacional Bruto), uma percentagem cada vez maior de todo o dinheiro que ganhamos e gastamos. Situa-se entre as categorias profissionais que crescem mais rapidamente – pessoas que acompanham, cuidam e vigiam as crianças, os idosos, os deficientes, os deprimidos e os ansiosos assim como os adultos mais ou menos saudáveis que querem ser alvo de uma maior atenção e que estão dispostos a pagar por isso.
Há dois motivos específicos que justificam o crescimento da indústria da atenção:
o número crescente de pessoas que trabalham muito e subcontratam mais daquilo que eram as responsabilidades familiares;
a produtividade crescente das máquinas – instrumentos computorizados e robôs existentes nas fábricas, por exemplo e na economia dos serviços – caixas bancárias automáticas, bombas de gasolina automáticas, sistemas de recepção de chamadas telefónicas accionados pela voz e aparelhos digitais que dentro de pouco tempo farão quase tudo.
Uma das coisas que as máquinas não podem fazer é prestar atenção pessoal. A atenção pessoal pode ser agradável e a sua falta deprimente. Gosto de ir a um restaurante em que os empregados de mesa me cumulem de atenções e detesto os grandes armazéns onde é quase impossível encontrar alguém que nos atenda, mas o desejo humano de atenção é muito mais profundo. Há cientistas que afirmam que os seres humanos necessitam de uma certa dose de atenção pessoal para serem saudáveis. Nos anos 40, René Spitz, um psicanalista francês, comparou dois grupos de bebés: um instalado nos primeiros meses de vida num orfanato cujas enfermeiras os mantinham bem alimentados e vestidos, mas não tinham tempo para lhes dar atenção pessoal; o outro, num lar para mães delinquentes que lhes davam a máxima atenção. Concluiu que só os bebés do segundo grupo é que se desenvolveram normalmente.
Há pouco tempo, Mary Carlson, de Harvard, neurocientista interessada em saber como é afectado o cérebro dos bebés, aprofundou o estudo de Spitz, examinando bebés internados em orfanatos romenos que recebiam alimentação e cuidados médicos adequados, mas muito pouca atenção pessoal. Descobriu que as crianças eram física e mentalmente atrasadas e que muitas tinham movimentos corporais repetitivos semelhantes aos que observavam nos macacos-bebés que tinham estado fisicamente isolados de outros macacos.
O factor humano parece ser um aspecto importante da atenção.
Há pouco tempo, investigadores da Universidade Carnegie-Mellon estudaram os efeitos psicológicos do uso da internet. Escolheram aleatoriamente 169 pessoas na área de Pittsburg e acompanharam de perto o seu comportamento durante um a dois anos e concluíram que, quanto mais tempo as pessoas passavam na internet, mais deprimidas e sós se sentiam. Este resultado surpreendeu não só os investigadores como várias empresas de hardware e software que tinham subsidiado o estudo e que esperavam precisamente o contrário porque a internet permite que as pessoas contactem facilmente umas com as outras através do correio electrónico e das chat-rooms.1 As pessoas em estudo também afirmaram que, quanto mais tempo passavam online, menos interacções directas tinham com a família e os amigos porque não dispunham de tempo para lhes dedicar. «Segundo a nossa tese, há mais casos em que se constroem relações superficiais que conduzem a uma redução dos sentimentos de ligação a outras pessoas. As relações a grande distância sem contacto face a face acabam por não proporcionar o tipo de apoio e de reciprocidade que contribuem para uma sensação de segurança e felicidade.» - afirmou o investigador Robert Kraut, Professor de Psicologia Social do Human-Computer Interaction Institute da Universidade Carnegie-Mellon. Mas ninguém sabe exactamente por que motivos é que o contacto humano directo parece ser tão importante para a saúde física e mental.2
A atenção positiva de outra pessoa reduz certas hormonas que, em geral, estão associadas ao stress, em particular a epinefrina, a norepinefrina e o cortisol. A urina dos bebés que são embalados ou massajados contém níveis inferiores destas hormonas do stress comparativamente aos da urina dos bebés que não beneficiam destes cuidados. No estudo da Fundação MacArthur sobre os idosos do sexo masculino com mais contacto humano e atenção também revelavam níveis inferiores destas hormonas na urina do que os outros.
Na perspectiva da evolução humana é normal que o contacto humano reduza o stress, pois este evoluiu em famílias e clãs que garantiam protecção e sustento partilhado. No princípio do século XXI, esta necessidade de contacto pessoal constitui um problema para os seres humanos que, muitas vezes, não conseguem dar nem receber tanta atenção pessoal como gostariam. O novo trabalho exige uma grande dose do seu tempo, da sua energia emocional e do seu envolvimento psicológico.
Actualmente as pessoas abastadas são ricas em dinheiro, mas pobres em tempo. Para elas o luxo assume uma forma distinta: uma atenção pessoal requintada, destinada a fazer com que a sua vida frenética seja o mais eficiente e agradável possível. Por outro lado, as pessoas mais modestas têm acesso a tecnologias cada vez mais eficientes que satisfazem uma grande parte das suas necessidades, mas que o factor humano está visivelmente mais ausente.
Michelle Siron, uma consultora de gestão, de trinta e oito anos, está hospedada num hotel em Londres onde um motorista ao volante de um Range Rover a vai buscar para levá-la em velocidade moderada ao aeroporto de Heathrow. Aí, espera-a uma assistente que se encarrega do check-in ainda antes de ela sair do automóvel e que, em seguida, a acompanha a uma sala privada onde Michelle bebe chá e saboreia uma sandes de salmão fumado, enquanto lhe cortam e secam o cabelo. Já a bordo, tratam-lhe das unhas e massajam-lhe o pescoço. As hospedeiras satisfazem todos os seus desejos. «Tudo isto afasta o stress das viagens.» - afirma Michelle.
Por outro lado, Jennifer, uma outra passageira do mesmo avião, optou por um bilhete de preço reduzido e que, vergada ao peso das malas, entra no recinto barulhento e apinhado de Heathrow, espera uma hora numa longa fila para fazer check-in, descobre a custo uma cadeira de plástico onde se senta numa sala de espera sobrelotada até ouvir pelo altifalante qual o número da porta de acesso à pista para onde se deve dirigir. Enfiam-na num assento acanhado na traseira do avião, uma hospedeira arrasada que desaparece até ao fim da viagem, atira-lhe um saquinho de aperitivos e, por fim, seis horas depois, Jennifer espera uma hora pela sua bagagem. No fim da viagem, as hormonas do stress de Jennifer registam um nível mais ou menos elevado.
«O princípio segundo o qual recebemos na medida em que pagamos é reconhecido nos Estados Unidos e em todo o mundo.» - afirma Donald Casey, o vice-presidente executivo da TransWorldAirlines, ao explicar a nova estratégia da companhia aérea.❐
(continua)
mailto:eu.maria.figueiras@gmail.com
1N. L. - mas esqueceram-se de que há um novo elemento muito importante – a luminosidade que afecta completamente a mente humana e a passa a dominar.
2N. L. - Trata-se da transferência de energia vital humana daqueles que têm para os que não têm ou têm pouco. A fé dos crentes dá-lhes essa energia vital directamente a partir de Deus nos tempos de oração. Quando se passa muito tempo online a energia vital humana é substituída pela energia que recebem do computador e aí começam a surgir os problemas.

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