quinta-feira, 7 de abril de 2011

Portugal 2008

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29 de Junho de 2009

Sobre Portugal 2008

Na revista EXAME n.o300 de Abril de 2009 p.116-127, temos bastantes dados estatísticos fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística que é uma pena se não lhes darmos uns minutos de atenção.



Qual o retrato de Portugal em 2008?

Em 2008, existem 331 250 empresas em Portugal; 1122 são grandes empresas e 330 128 são PME.

Em 2008, existem em Portugal 2 580 300 postos de trabalho; desses, as PME disponibilizam 2 513 510 postos de trabalho – 97,4%.

Em 2008, existem 5125 mil pessoas empregadas em 2 580 300 postos de trabalho. Grosso modo, isto quer dizer que, neste ano, cada posto de trabalho foi utilizado por duas pessoas. Portanto, em média, com tudo o que de irreal isso comporta, são os contratos de seis meses e menos que predominam. As PME criam três quartos dos empregos – 74%; realizam mais de metade dos negócios – 56,2% e, em média, cada empresa tem 7,8 empregados.

Sabemos que a desculpa de afirmarem que os empregados portugueses têm baixo nível de instrução para justificar os baixos salários que os trabalhadores não-qualificados e qualificados portugueses recebem já não serve porque sabemos que a verdade é que já há muitos portugueses que declaram níveis de escolaridade mais baixos do que aqueles que conseguiram para poderem obter um emprego e aí também se tira credibilidade aos dados estatísticos. Sabemos que temos muitos licenciados a declararem que têm a licenciatura ou o 9.o/12.o ano de escolaridade para conseguirem um emprego do qual receberão mensalmente um salário nominal de 450€ a 500€ e as estatísticas apontam para, em Portugal, ano de 2008, a existência de uma remuneração média mensal de 15 643 euros. Como quando a média em estatística nos dizia que se andava a comer 1,5 galinhas/dia e havia muitos portugueses que nem sabiam o que isso era na sua alimentação antes do 25 de Abril (revolução), também agora me parece que anda muito quadro médio e superior a ganhar fortunas e exigem aos seus trabalhadores não-qualificados e qualificados que recebam ainda menos do que os 450€/500€ mensais ou se contentem com estes que recebem; que façam sacrificios por causa da crise, mas para eles a crise não lhes bate à porta. «Muito bem prega frei Tomás» ...

Este Portugal 2008 ainda é/ continua a ser uma sociedade muito dicotómica, a vergonha da União Europeia e como primeiro ou quase dos países da Europa, pede-se uma mãozinha à União Europeia para Portugal passar a ser um país melhor para todos os portugueses que sozinhos não se consegue mudar a mentalidade dos instalados que não vão e não querem ir além dos seus umbigos.

O PIB, em 2008, foi de 163 119 milhões de euros o que significa que o PIB per capita foi de 15 380 euros para uma população de 10 605 917 habitantes.

Um dos dados estatísticos que demonstra um grande avanço é o nível de produtividade (valor acrescentado bruto por trabalhador) em 2008 – 31 800 euros, enquanto que em 1988 era de 9400 euros.



“Ao longo destes vinte anos a idade média das empresas que se dissolvem tem vindo a aumentar, sendo de três a quatro anos.” (in revista EXAME n.o300 de Abril de 2009 p.124) Três a quatro anos de vida de uma empresa é muito pouco e ainda tem sido menos! Parece-me muito difícil terem conseguido ultrapassar as despesas iniciais de arranque da empresa. Parece-me que neste ano de 2009 o IEFP já dá um apoio valioso para que as empresas possam ter uma vida mais longa. Alguém ficou a ganhar com estas empresas de tão poucos anos de vida, mas certamente não foram os seus proprietários, os que investiram o que tinham e não tinham.

62% das sociedades foram dissolvidas nos primeiros 18 anos sendo os restantes 38% registados em apenas dois anos (2007-2008). As empresas estão a morrer quase à nascença; assim é difícil aumentar a dimensão das empresas portuguesas, algo tão importante para a estabilidade da economia portuguesa. A rotatividade nos postos de trabalho também é demasiado elevada e prejudica o nível de produtividade da empresa e possivelmente a sua existência.❐ mailto:eu.maria.figueiras@gmail.com

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