terça-feira, 30 de novembro de 2010

Estratégias para vencer a crise

= AS MINHAS LEITURAS =
ESTRATÉGIAS PARA VENCER A CRISE
texto de Paulo André, partner da Deloitte
in revista EXAME n.o 296 de Dezembro de 2008
Aumente a produtividade
A redução do consumo origina contenção de custos que, por sua vez, origina abrandamento em cadeia. Não fique pelo corte de custos, o essencial é reduzir os custos unitários, através do controlo da exploração e do incentivo à produtividade. Há que determinar os processos mais importantes para satisfazer as necessidades dos clientes, concentrando nestes os esforços e recursos, externalizando os processos não-críticos ou nos quais outros tenham maior competência. Deve ser implementada uma cultura virada para o desempenho onde o salário esteja relacionado com o rendimento gerado por cada um. Flexibilizar a estrutura, eliminar níveis hierárquicos supérfluos, simplificar as práticas e procedimentos associados aos processos menos importantes permitem sinergias e uma melhor gestão de recursos. Por outro lado, a atribuição de responsabilidades a níveis inferiores elimina burocracias desnecessárias, permitindo a alocação de tempo disponível de cada um na gestão e controlo do seu processo.
A concorrência global (redução de nichos), a contenção de custos e a exigência de níveis de produtividade elevados, constituem um ambiente favorável às PME face aos conglomerados. Por que não promover uma política de fusões e/ou associações?
É possível identificar no mesmo sector PME com uma força de vendas dinâmica e carteira de clientes atractiva, mas cuja produção evidencia atraso tecnológico ou limite na capacidade de produção e outras com capacidade de produção subaproveitada. Várias PME produzem partes distintas da mesma cadeia de valor, pelo que um processo de fusão ou associação permitiria uma maior capacidade de negociação com clientes e fornecedores bem como a partilha de custos de investigação e desenvolvimento e de procura de novos mercados.
Credibilize-se
Instalou-se um clima de desconfiança e os bancos preferem não conceder crédito, sacrificando volume de negócios para assegurar menor risco e maior rentabilidade.
A disponibilização aos financiadores de planos de negócio fiáveis e baseados em pressupostos adequados, de preferência validados por uma entidade credível e independente, constitui um instrumento de credibilização da viabilidade e rentabilidade do negócio e, consequentemente, uma garantia de maior facilidade de acesso ao crédito. Os clientes também darão maior atenção à situação financeira dos fornecedores. Maiores serão as exigências dos concursos públicos e privados, ganhando peso aspectos como a capacidade financeira evidenciada pelos vários concorrentes. Isto facilitará o acesso ao crédito e a vitória naqueles concursos. Esta credibilização e transparência da informação contabilística e financeira só se consegue no respeito de políticas contabilísticas geralmente aceites e com a apresentação tempestiva de informação relevante, auditada por uma entidade externa, credível e competente.❐
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