quarta-feira, 27 de abril de 2011

Para onde vai a teoria económica?

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AS MINHAS LEITURAS



in revista EXAME n.o316 de Agosto de 2010; editora IMPRESA Publishing, Lisboa.



“Para onde vai a teoria económica?”; texto de João Silvestre e Jorge Nascimento Rodrigues; pp.104-109; Temática: ECONOMIA & CONJUNTURA.



(...) George Akerlof, Nobel da Economia em 2001 juntamente com Michael Spence e Joseph Stiglitz, também esteve em Cambridge para chamar a atenção para o papel que a hipótese de eficiência dos mercados teve na crise financeira. O economista americano lembrou que, quando todos os agentes seguem a hipótese de os activos estarem no valor justo e, de repente, os preços se afastam, todo o mercado fica em risco.

Akerlof lembrou os famosos "animal spirits" de Keynes sobre os quais escreveu no ano passado um livro com Robert Shiller e a forma como podem levar as cotações para longe do seu nível eficiente. Estes "animal spirits" que muitas vezes comprometem a irracionalidade dos agentes económicos, são compostos por três partes: confiança (a euforia e o desespero alternam-se por vezes com grande velocidade); óleo de serpente (certos activos parecem por vezes muito mais valiosos do que realmente são); a narrativa (ideias sem fundamento, mas que vingam entre os investidores).

O pressuposto da racionalidade é, de longe, o mais polémico de toda a teoria económica e tem merecido fortes críticas. Desde logo com a entrada na contenda de economistas não-tradicionais vindos da psicologia e que mostram como o ser humano pode ser tão irracional em tantas das suas decisões. São os caso, por exemplo, de Kahneman (Nobel em 2002) ou de Dan Ariely do Massachussets Institute of Technology, autor do best-seller Previsivelmente Irracional.

Só que a racionalidade é ótima para os mercados financeiros porque lhes dá uma aparente maior capacidade de previsão e para os modelos matemáticos que se tornam muito mais facilmente manobráveis. Por isso, expectativas racionais e mercados eficientes andaram de mãos dadas ao longo de muitos anos. Em termos mais técnicos, o preço dos activos segue um chamado passeio aleatório, ou seja, cada valor é o anterior acrescido de uma variação aleatória e incapaz de ser prevista dada a informação disponível no momento anterior. O matemático e Nobel da Economia em 1994, John Nash, a "Mente Brilhante" interpretada no cinema por Russel Crowe, numa passagem recente por Lisboa para uma conferência sobre Investigação Operacional, lembrava precisamente a incapacidade de se prever perfeitamente o futuro em economia.

Eugene Fama tem sido apontado repetidamente como um dos vilões da crise pela sua teoria. Robert Lucas saiu em sua defesa num artigo publicado na revista The Economist em Agosto do ano passado, em que considera que, se os economistas tivessem modelos capazes de prever as crises como a atual, seriam do conhecimento geral e, nesse caso, era informação utilizada no preço dos activos como defende a hipótese dos mercados eficientes. Lucas diz o mesmo, num misto de ironia com pensamento económico, que se existissem banqueiros centrais capazes de identificar e esvaziar as bolhas "não haveria dinheiro para lhes pagar".

Markus Brunnermeier, da Universidade de Princeton nos Estados Unidos que também esteve em Cambridge e tem trabalhado precisamente na inclusão de variáveis financeiras nos modelos macroeconómicos, respondeu então a Lucas defendendo uma maior atenção ao sistema financeiro nos modelos standard que servem de base às decisões de política económica e lembrando que "a maior parte da investigação em macroeconomia simplesmente assume que as perturbações financeiras não existem".

Em declarações ao Expresso em Setembro do ano passado, Eugene Fama confessou não se ter dado conta que a sua hipótese tinha tomado conta do mundo dos investimentos, mas insistiu que "se os bancos e os bancos de investimento tomassem a eficiência dos mercados mais seriamente, talvez tivessem evitado muitos dos seus recentes problemas".



O ecossistema teórico da racionalidade teve os seus detractores no mundo académico desde finais do anos 1970, um deles foi quase apagado dos anais da disciplina económica. Chama-se Hyman Minsky, um autor americano, nativo de Chicago que é provavelmente desconhecido da maioria dos leitores com formação económica ou prática nos negócios e que faleceu aos 77 anos, em 1996, sem ver a comprovação prática do que disse durante duas décadas.

"Minsky foi influente nalguns homens de negócios e nalguns decisores políticos, mas foi repudiado ou menorizado pela literatura económica dominante porque ele colocava o dedo na ferida do edifício dos modelos macroeconómicos" – diz-nos Domenico Delli Gatti, professor de economia na Universidade Católica de Milão. Minsky dizia que o problema da instabilidade financeira estava inscrito no ADN do capitalismo.

"A sua análise estava baseada numa compreensão ecológica das práticas financeiras" – refere-nos Rajiv Sethi, professor de economia no Barnard College, na Universidade de Columbia, em Nova Iorque. "Era o que ele queria expressar com o paradoxo de que a estabilidade era em si desestabilizadora. No período de estabilidade económica, estratégias agressivas baseadas em alavancagem financeira muito elevada, eram altamente lucrativas e, por isso, proliferavam à custa de estratégias mais conservadoras. O que funcionava até que uma crise chegasse." - diz Sethi.

Este comportamento colectivo de "manada" é provocado por um mecanismo imbuído no sistema – a pressão competitiva – que leva sectores inteiros como o financeiro, por exemplo, e mesmo largas faixas da economia real a comportarem-se "adoptando as expectativas mais optimistas do vizinho do lado que adota um comportamento de alto risco" – prossegue Sethi.



Minsky voltou novamente a ser ofuscado pela rápida ascensão política do keynesianismo contemporâneo que julgou chegada a janela de oportunidade para se vingar de quase trinta anos de jejum teórico.

O célebre manifesto, em jeito de artigo de opinião no The New York Times de Paul Krugman, em Setembro de 2009, partia a louça contra as teorias da Escola de Chicago e capitalizava na vaga de intervenções monetárias e de política orçamental keynesiana que os países desenvolvidos e alguns emergentes adoptaram para conter o pânico financeiro e travar a recessão.

A parte final da cauda desta Grande Recessão trouxe uma inesperada prenda – o irromper da crise da dívida soberana. As correntes contrárias ao keynesianismo rapidamente reganharam fôlego e hoje voltámos aos debates fracturantes sobre consolidação orçamental ou manutenção dos estímulos antirrecessivos de iniciativa governamental sobre política monetária acomodatícia ou corte com a manipulação das taxas de juro a níveis muito baixos pelos bancos centrais (à excepção de casos como a Austrália ou o Canadá).

A popularidade de Keynes está novamente a cair e a fase de gastar para evitar uma nova grande depressão deu lugar a uma fase de cortar os défices a fundo. Principalmente nos países mais afectados pela crise da dívida soberana como Espanha, Grécia ou Portugal, mas também noutras economias. O economista italiano Alberto Alesina, de Harvard, tem estudado as chamadas consolidações orçamentais expansionistas. Alesina fez as contas e concluiu que, num conjunto de 107 consolidações em 20 países, 26 foram expansionistas. Só que são, na maior parte dos casos, acompanhadas de outras medidas como redução de juros ou desvalorizações cambiais que, para os países da zona euro, não podem ser adoptadas.

A escola de doutrina económica conhecida por "austríaca" – pelo facto de os seus fundadores no início do século XX serem oriundos do antigo império austro-húngaro e particularmente dos círculos intelectuais vienenses – procura jogar agora a sua cartada atacando o intervencionismo público e o vício pela expansão de crédito e recordando Ludwig von Mises e Friedrich Hayek, os seus dois vultos maiores.

Contudo, Joseph Stiglitz, Nobel, numa conferência no King's College, em Cambridge, Reino Unido, afirmou que "a crise foi um grande local de teste de teorias alternativas. O modelo standard foi considerado deficiente, mas também muitos outros modelos o foram." daí o apelo para um debate plural. Mark Thoma acha que a palavra de ordem deste momento de reflexão deve ser o de fomentar a diversidade metodológica. Jean-Phillipe Bouchaud, um econofísico francês, é abertamente por esta opção "que diversas escolas floresçam." Luigi Spaventa, professor na Universidade de Roma, disse-nos numa ocasião "a diversidade deve sempre florescer na pesquisa, particularmente nas ciências sociais. A ambição de um grande modelo universal deverá ser provavelmente abandonada. O sacrifício da elegância será premiado por maior relevância".

Vários especialistas têm defendido que o caminho é tornar os modelos mais ajustados à realidade. Modelos simples são indispensáveis para compreender mecanismos básicos, mas devem ser aperfeiçoados para contemplar realidades que, nalguns casos, estão completamente arredadas como a existência de crises, falências no sistema financeiro ou simplesmente a possibilidade de os mercados não funcionarem.

Assim a opção pela diversidade tem permitido a afirmação de uma nova corrente na macroeconomia que quer trazer para esta disciplina os benefícios das metodologias e ferramentas que atualmente usam as ciências duras.

J. Doyne Farmer, professor no Instituto de Santa Fé, no Estado americano do Novo México, e um dos fundadores da teoria do caos e da complexidade e Duncan Foley do departamento de Economia da New School for Social Research de Nova Iorque escreveram no ano passado um artigo de opinião na revista científica Nature apelando para que os economistas e as equipas governamentais e dos bancos centrais larguem os modelos falhados e algum amadorismo e utilizem plenamente a ciência.

"É incrível como a economia não tem nenhum projecto como o CERN, o do Genoma Humano ou o de Modelização Climática. Eu acho que o problema não é keynesianismo versus eficiência de mercado em si, mas antes um problema de fundo na cultura intelectual na disciplina da economia, o seu atraso em abraçar plenamente o método científico tal como é praticado noutras disciplinas" – referiu-nos Doyne Farmer que acaba de lançar uma carta aberta sugerindo que a futura agência Office of Financial Research dê um empurrão decisivo a este tipo de investigação no sentido de arreigar uma nova postura e uma nova prática em novas gerações de economistas.

Delli Gatti disse-nos a concluir: "É hoje manifesto que os modelos macroeconómicos e financeiros ainda em uso e que estão disponíveis para as autoridades governamentais e monetárias são inapropriados para lidar com o risco sistémico, algo que foi subestimado na literatura e na prática. Não concordo com a opinião de que os economistas devem desistir dos modelos analíticos. Que devem deixar o campo para os sociólogos, os psicólogos e os historiadores económicos e possivelmente desaparecer de cena. Os modelos de agentes heterogéneos de base computacional estão disponíveis e podem ser precisamente usados para explorar virtualmente a emergência de euforias e derrocadas movidas por esse famoso animal spirits".



Especulador húngaro criou instituto para repensar a teoria económica



"O estudo da economia foi manipulado pelo mercado", "o papel da matemática tornou-se a linguagem dominante", "a economia (como disciplina) deixou de reflectir o mundo real" – eis três motivos que levaram o financeiro George Soros a juntar 25 economistas num brainstorming em Setembro de 2009, nos Estados Unidos.

Da reflexão nasceu, em Outubro, o Institute for New Economic Thinking (INET) com um financiamento de Soros e que fica sediado em Nova Iorque. O objectivo é suscitar "a emergência de novos paradigmas" a partir de "uma discussão aberta" e "incorporando pensamento de outras áreas". O alvo a mobilizar é "a nova geração de economistas".

A primeira grande iniciativa foi uma conferência no simbólico King's College, em Cambridge, no Reino Unido, entre 8 e 11 de Abril deste ano (2010). O título falava claramente dos propósitos da discussão: "A crise económica e a crise da teoria económica". Reuniu mais de cinco dezenas de conferencistas entre eles vários Prémios Nobel e Dominique Strauss-Khan, presidente do Fundo Monetário Internacional.

Joseph Stiglitz, um dos Nobel envolvidos na iniciativa, disse nesta conferência: "O paradigma standard falhou não só na previsão da crise, mas também para fornecer ideias para o desenho de uma regulação que torne uma recorrência menos provável." E acrescentou: "A crise foi um grande local de teste de teorias alternativas. O modelo standard foi considerado deficiente, mas também muitos outros modelos o foram." Fez apelo para que a "agenda para a reforma da teoria económica se baseie num debate plural".

Robert Skidelsky, o lorde inglês biógrafo oficial de Keynes, um dos participantes da conferência e membro do INET, em jeito de reportagem no seu blogue, referiu que, em Cambridge, estiveram, em Abril, três correntes: os neokeynesianos como Stiglitz e Mark Brunnermeier; os pós-keynesianos e que ele inclui o próprio Soros com a sua teoria da reflexibilidade e os economistas comportamentalistas como George Akerlof.



Especialistas do caos querem o Office of Financial Research a repensar a economia



É uma das 13 novas agências a criar ao abrigo da proposta de lei sobre a reforma de Wall Street e de protecção do consumidor (mais conhecida por lei Dodd-Frank, do nome dos seus principais proponentes, o senador Chris Dodd, presidente da Comissão Bancária do Senado, e o deputado Barney Frank, presidente do Comité de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes) que acabou por passar na Câmara de Representantes do Congresso norte-americano no final de Junho por uma folgada maioria. Falta agora ser aprovada pelo Senado, um combate que estava renhido entre democratas e republicanos e depois promulgada pelo Presidente Obama.

A nova agência pretende ser um repositório do registo de todas as transacções financeiras e dedica-se à análise estatística e à investigação para monitorizar o risco sistémico. J. Doyne Farmer, um dos expoentes do Santa Fé Institute, e um dos pais da teoria da complexidade e do caos advoga que esta nova agência pode ser o local de investigação ideal para levar a disciplina da economia a uma reflexão nova "abraçando os mesmos métodos que são usados no resto da ciência".

Numa carta aberta intitulada "A oportunidade de Obama mudar na essência a economia", Doyne Farmer advoga que tal agência "não deve ser uma cópia institucional quer do Departamento do Tesouro quer da Reserva Federal". Apela a que haja "diversidade", acusando que a equipa económica de Obama é basicamente formada por gente da corrente dominante. "Criar uma nova cultura intelectual é algo que pode mudar na essência a disciplina da economia e no longo prazo poderá ser, de longe, o impacto mais profundo e mais duradouro desta reforma financeira." - conclui.



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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Portugal 2008

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29 de Junho de 2009

Sobre Portugal 2008

Na revista EXAME n.o300 de Abril de 2009 p.116-127, temos bastantes dados estatísticos fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística que é uma pena se não lhes darmos uns minutos de atenção.



Qual o retrato de Portugal em 2008?

Em 2008, existem 331 250 empresas em Portugal; 1122 são grandes empresas e 330 128 são PME.

Em 2008, existem em Portugal 2 580 300 postos de trabalho; desses, as PME disponibilizam 2 513 510 postos de trabalho – 97,4%.

Em 2008, existem 5125 mil pessoas empregadas em 2 580 300 postos de trabalho. Grosso modo, isto quer dizer que, neste ano, cada posto de trabalho foi utilizado por duas pessoas. Portanto, em média, com tudo o que de irreal isso comporta, são os contratos de seis meses e menos que predominam. As PME criam três quartos dos empregos – 74%; realizam mais de metade dos negócios – 56,2% e, em média, cada empresa tem 7,8 empregados.

Sabemos que a desculpa de afirmarem que os empregados portugueses têm baixo nível de instrução para justificar os baixos salários que os trabalhadores não-qualificados e qualificados portugueses recebem já não serve porque sabemos que a verdade é que já há muitos portugueses que declaram níveis de escolaridade mais baixos do que aqueles que conseguiram para poderem obter um emprego e aí também se tira credibilidade aos dados estatísticos. Sabemos que temos muitos licenciados a declararem que têm a licenciatura ou o 9.o/12.o ano de escolaridade para conseguirem um emprego do qual receberão mensalmente um salário nominal de 450€ a 500€ e as estatísticas apontam para, em Portugal, ano de 2008, a existência de uma remuneração média mensal de 15 643 euros. Como quando a média em estatística nos dizia que se andava a comer 1,5 galinhas/dia e havia muitos portugueses que nem sabiam o que isso era na sua alimentação antes do 25 de Abril (revolução), também agora me parece que anda muito quadro médio e superior a ganhar fortunas e exigem aos seus trabalhadores não-qualificados e qualificados que recebam ainda menos do que os 450€/500€ mensais ou se contentem com estes que recebem; que façam sacrificios por causa da crise, mas para eles a crise não lhes bate à porta. «Muito bem prega frei Tomás» ...

Este Portugal 2008 ainda é/ continua a ser uma sociedade muito dicotómica, a vergonha da União Europeia e como primeiro ou quase dos países da Europa, pede-se uma mãozinha à União Europeia para Portugal passar a ser um país melhor para todos os portugueses que sozinhos não se consegue mudar a mentalidade dos instalados que não vão e não querem ir além dos seus umbigos.

O PIB, em 2008, foi de 163 119 milhões de euros o que significa que o PIB per capita foi de 15 380 euros para uma população de 10 605 917 habitantes.

Um dos dados estatísticos que demonstra um grande avanço é o nível de produtividade (valor acrescentado bruto por trabalhador) em 2008 – 31 800 euros, enquanto que em 1988 era de 9400 euros.



“Ao longo destes vinte anos a idade média das empresas que se dissolvem tem vindo a aumentar, sendo de três a quatro anos.” (in revista EXAME n.o300 de Abril de 2009 p.124) Três a quatro anos de vida de uma empresa é muito pouco e ainda tem sido menos! Parece-me muito difícil terem conseguido ultrapassar as despesas iniciais de arranque da empresa. Parece-me que neste ano de 2009 o IEFP já dá um apoio valioso para que as empresas possam ter uma vida mais longa. Alguém ficou a ganhar com estas empresas de tão poucos anos de vida, mas certamente não foram os seus proprietários, os que investiram o que tinham e não tinham.

62% das sociedades foram dissolvidas nos primeiros 18 anos sendo os restantes 38% registados em apenas dois anos (2007-2008). As empresas estão a morrer quase à nascença; assim é difícil aumentar a dimensão das empresas portuguesas, algo tão importante para a estabilidade da economia portuguesa. A rotatividade nos postos de trabalho também é demasiado elevada e prejudica o nível de produtividade da empresa e possivelmente a sua existência.❐ mailto:eu.maria.figueiras@gmail.com